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Arquétipos:

O Que São E Como Atuam Em Nós?

Existem algumas definições e visões a respeito dos arquétipos e cada uma apresenta um aspecto seu.

Assim, neste post, serão apresentados alguns pontos de vista sobre essas energias e como atuam em nós.

Vale dizer que, diante de tantos conceitos, a intenção aqui é possibilitar, ao menos, uma compreensão básica sobre os arquétipos.

Pois, o mais importante mesmo é entendermos o que podemos fazer com eles para melhorar cada vez mais a nossa realidade.

Imagem de uma cabeça com engrenagens representando o funcionamento dos arquétipos na mente humana.
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Arquétipos: Significado Etimológico

Etimologicamente, a palavra Arquétipos, no grego, arché vem do sentido de “primeiro”, “primordial”, “original” ou ainda “posição superior”; e typos significaria “modelo”, “molde”, “padrão”.

Arquétipos E A Teoria Das Ideias

Inicialmente, o termo arquétipo surgiu com Platão. Ele foi quem apresentou a Teoria das Ideias, onde aponta a existência de um plano mais fundamental formado por ideias (ou formas abstratas).

Para Platão, essas formas (ou ideias), apesar de abstratas, são eternas, imutáveis e, portanto, são mais reais que as coisas manifestas no mundo material, considerando que este possui uma natureza mutável.

Com base nessa concepção, as ideias são modelos perfeitos que dão origem a todas as coisas manifestas no plano material e tudo que existe no material se organiza conforme essas ideias.

Assim, na filosofia, o termo arquétipo foi utilizado e indicado como sendo as ideias primeiras oriundas da mente de Deus.

Logo, podemos dizer que os arquétipos, nesse sentido, são modelos perfeitos e supremos, enquanto que as coisas manifestas no plano material são apenas cópias suas.

Desta forma, por serem cópias, aquilo que existe no mundo material não consegue representar ou expressar plenamente essas ideias primordiais.

Arquétipos E Inconsciente Coletivo

Na psicologia analítica, seu fundador, C. G. Jung (psiquiatra suiço) foi quem apresentou uma teoria sobre a existência do inconsciente coletivo e dos arquétipos.

Para Jung, a nossa psique contem uma camada ainda mais profunda que o inconsciente pessoal, chamada por ele de inconsciente coletivo.

Nesta camada estão contidas memórias, experiências e, também padrões comportamentais oriundos do nosso passado ancestral, herdados e compartilhados por todos nós enquanto humanidade.

Assim, todas essas memórias presentes no inconsciente coletivo são representadas através de símbolos universais e atemporais que Jung denominou de arquétipos.

Arquétipos Segundo Os Conceitos De Jung

Segundo os conceitos de Jung, os arquétipos são formas vazias, irrepresentáveis, que preexistem no inconsciente coletivo.

Todavia, eles se expressam por meio de imagens simbólicas que possuem conexão com a cultura e história da humanidade.

Logo, um único arquétipo poderá ter mais de uma representação simbólica a depender do meio cultural e período de tempo em que esteja inserido.

Para exemplificar, seria como o arquétipo da Grande Mãe que pode ser associado a diferentes personagens e divindades conforme a cultura e o período histórico.

Jung também deduziu que os arquétipos possuem uma característica, conhecida como numinosidade (ou efeito numinoso), a qual seria responsável por lhe conferir um poder de influência sobre nós.

Desta maneira, os arquétipos são capazes de influenciar nossa mente, moldando a forma como percebemos e reagimos ao externo e, por consequência, afetam nossos padrões comportamentais.

Assim, o que ocorre na psique é que os arquétipos moldam a nossa energia psíquica, além de possibilitar e organizar a manifestação dela, produzindo significados simbólicos que conectam as nossas percepções do externo com as nossas informações internas.

Daí em diante, a energia psíquica é liberada e nossas atitudes são conduzidas a partir dos significados produzidos.

Além disso, vale citar que, segundo esses conceitos, também é possível ativarmos determinados arquétipos em nós dependendo das situações que vivenciamos ou das pessoas com as quais interagimos.

Enfim, dentro da psicologia analítica, fundada por Jung, esse assunto é muito mais extenso e abrangente. Porém, esses são alguns aspectos para uma compreensão básica sobre os arquétipos.

Imagem de uma mente humana projetando imagens para representar como os arquétipos atuam.
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Arquétipos E Metafísica

Antes de entendermos os arquétipos sob um ponto de vista metafísico, segue abaixo uma breve explicação sobre o que seria uma visão metafísica da realidade.

Visão Metafísica Da Realidade

Tudo que existe no Universo é constituído por átomos e, portanto, tudo emite um campo eletromagnético específico. Por sua vez, esse campo eletromagnético é composto de energia e informação.

Assim, o Universo e tudo o que existe é pura energia, e toda energia é informação. E essa energia pode ser manifestada como onda e como partícula (matéria) ao mesmo tempo.

Logo, considerando que tudo no Universo é energia, podemos tratar a matéria, a parte física da realidade, também como onda e informação.

Desta forma, entendemos que qualquer coisa que exista no Universo, seja de forma física ou não, emite uma onda eletromagnética que carrega dentro de si uma informação própria.

Em virtude disto, toda a nossa percepção da realidade se dá através da captação dessas ondas eletromagnéticas. Portanto, a todo instante estamos recebendo informações, seja de forma consciente ou inconsciente.

O Que São Arquétipos Em Uma Visão Metafísica

Diante de tudo que já foi mencionado anteriormente, podemos entender que, primeiramente, os arquétipos são padrões criados pelo Todo.

Ou seja, os arquétipos são os modelos primordiais de tudo que existe. Logo, eles são o projeto do Universo, antes dele de fato existir, com o objetivo de organizá-lo.

Em outras palavras, os arquétipos são as primeiras energias emanadas pelo Todo (Criador). As energias primordiais do Universo.

Assim, podemos entender os arquétipos como energias vivas e conscientes que carregam uma frequência altíssima e um determinado padrão de informações consigo.

Com isso, por serem as emanações primárias da Fonte Criadora, podemos considerar que os arquétipos estão nas dimensões superiores e sutis, logo, não possuem uma forma concreta.

Contudo, as ondas eletromagnéticas estão presentes e atuam em todas as dimensões da realidade.

Portanto, apesar de não pertencerem a esta dimensão material, os arquétipos podem se expressar aqui, inclusive, por meio de nós.

Deste modo, os arquétipos podem se expressar e interagir conosco, nesta realidade física, por meio de símbolos, sons, formas, comportamentos, gestos, odores, personalidades, cores, dentre outros.

Como Os Arquétipos Atuam Em Nós

Todos nós somos programados para reagirmos a determinados estímulos.

Desta forma, toda a nossa percepção da realidade ocorre através da captação de ondas eletromagnéticas.

E essas ondas carregam dados que recebemos a todo instante, consciente ou inconscientemente.

Logo, os arquétipos, como tudo que existe no Universo, seja material ou não, também emanam uma onda eletromagnética, carregada de energia e informação.

Os símbolos, por exemplo, são imagens que representam determinado arquétipo. Por esta razão, quando estamos em contato com eles, mesmo sem perceber, os dados do arquétipo contidos na imagem estão atuando subliminarmente na nossa mente.

Em outros termos, podemos dizer que uma imagem arquetípica emite uma onda eletromagnética que, quando captada, desperta em nós as informações do arquétipo que ela representa.

Como consequência, o contato com os símbolos, ou com qualquer outra representação arquetípica, estimulam a produção de neurotransmissores no nosso corpo.

Essas substâncias, por sua vez, nos conduzem a certas emoções, interferem na maneira como enxergamos o mundo, como reagimos aos acontecimentos, e principalmente, em como nos comportamos.

Assim, os arquétipos possuem a capacidade de provocarem diferentes sentimentos em nós, conforme a informação que carregam em si, mesmo que ele não seja percebido conscientemente.

Com o passar do tempo, a interação constante entre nós e o arquétipo acaba moldando nossa personalidade.

Deste modo, independentemente do meio (imagens, sons, odores, cores, etc) que o arquétipo venha ser expresso, esse processo sempre ocorrerá.

Portanto, o conhecimento dos arquétipos e a utilização adequada dessas energias primordiais a nosso favor, nos permite evoluirmos mais rapidamente e nos tornarmos cada vez mais realizados em todas as áreas da vida.

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